quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

“The elegance of Pachelbel”


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Em 1998, foi lançado o CD “The elegance of Pachelbel”.
Nele aparecem sete arranjos de Michael Maxwell sobre a “Canon” de Johann Pachelbel.
O Barroco se transfigura em particularidades e generalidades até que não mais seja a opus original reconhecida, a não ser como evocação distante. Entretanto, essa permanece a guiar com sua força serena estas sete opera.
Assumem o comando violino, viola, cello, clarineta, oboé, violão, piano e teclados eletrônicos diversos.

As transmutações da “Canon” surgem com os seguintes nomes:

- Serenade
- Pavan
- Arabesque
- Elegy
- Nocturne
- Fantasia
- Canon – Finale

É impressionante como com estas versões chega-se aos mais profundos abismos, planos mais lisos e elevados cumes. Depende de nós...
Parafraseando Anaïs Nin. "Não vemos as coisas como ela são, mas como nós somos"...
Tb não ouvimos as músicas como elas são... mas como nós somos... ou estamos.
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Links para dowload:
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“Magnificat”, de Pachelbel


A composição “Magnificat”, de Pachelbel, na verdade, é uma leitura musical do canto agradecido de Maria a Deus, expresso em Lucas 1, 46-55.
Assim, o texto, em conformidade total com o Evangelho, é:

“Magnificat anima mea Dominum
et exultavit spiritus meus in Deo salvatore meo
quia respexit humilitatem ancillae suae
Ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes
quia fecit mihi magna, qui potens est, et sanctum nomen eius
et misericordia eius in progenies et progenies timentibus eum
Fecit potentiam in brachio suodispersit superbos mente cordi sui
deposuit potentes de sede et exaltavit humiles
esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes
Suscepit Israel puerum suum, recordatus misericordiae
sicut locutus est ad patres nostros
Abraham et semini eius in saecula »
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Para rematar de maneira deliciosa esta composição, Pachelbel lançou a pequena oração “Gloria Patri”:
“Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto.
Sicut erat in principio et nunc et semper,
et in saecula saeculorum. Amen.”
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Tradução
“Magnificat”
Lucas 1 46-55
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"46 E Maria disse: “Minha alma magnifica ao Senhor
47 e meu espírito não pode deixar de estar cheio de alegria por Deus, meu Salvador;
48 pois Ele tem olhado para a situação humilde de Sua escrava. Porque, eis que doravante todas as gerações me proclamarão feliz;
49 visto que o Poderoso tem feito grandes ações para comigo, e Santo é o Seu Nome;
50 e Sua Misericórdia é de geração em geração sobre os que O temem.
51 Ele tem agido valorosamente com o Seu braço, tem espalhado os que são soberbos na intenção dos seus corações.
52 Tem derrubado de tronos homens de poder e tem enaltecido humildes;
53 tem plenamente saciado os famintos com coisas boas e tem mandado embora, de mãos vazias, os que tinham riqueza.
54 Ele tem vindo em socorro de Israel, Seu servo, para fazer lembrar a misericórdia,
55 assim como disse aos nossos antepassados, a Abraão e a Seu descendente, para sempre.”
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Link para baixar a composição:
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Recortes sobre Pachelbel. (1)

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Do diário de Anna Madalena BACH (1700-1760?)

“Vida de Bach.” São Paulo (São Paulo): Atena Editôra, trad. Augusto de Sousa, (1758) 1958.

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“Antes de improvisar no órgão ou no cravo e de dar livre curso ao seu gênio, Sebastian começava sempre por executar uma pequena composição de Buxtehude, de Pachelbel ou de seu tio Cristóvão Bach, cujas obras muito admirava.”
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"Tout s'en va déjà" - Sur le canon de Pachelbel


Em 1968, foi lançada a "Tout s'en va déjà", cantada por Alain Barrière. Essa obra, como consta, "sur le Canon de Pachelbel", acabou sendo uma das que mais contribuiram para a popularização, nesse momento, dessa composição e do nome de Pachelbel.
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A letra cantada por Alain Barrière, ao som da “Canon”:
"Le temps de le direLe temps de l'écrire
Tout s'en va déjà
Tout s'en va déjà
Et le temps peut-être
De vouloir en être
Rien n'est plus déjà
Rien n'est plus déjà
Et le temps sans doute
De quitter le doute
Il revient déjà
Il revient déjà
Et le temps d'en rire
Le temps d'en sourire
Le premier sourire
S'est figé déjà
Et le temps de vivre
Et d'apprendre à vivre
Notre goût de vivre
S'estompe déjà
Et le temps lui-même
De croire aux "je T'Aime"
De crier je T'Aime
C'est fini déjà
Le temps de le dire
Le temps de l'écrire
Tout s'en va déjà
Tout s'en va déjà
Et le temps peut-être
De vouloir en être
Rien n'est plus déjà
Rien n'est plus déjà
Et le temps sans doute
De quitter le doute
Il revient déjà
Il revient déjà
Et le temps d'en rire
Le temps d'en sourire
Le premier sourire
S'est figé déjà
Et le temps de vivre
Et d'apprendre à vivre
Notre goût de vivre
S'estompe déjà
Et le temps lui-même
De croire aux "je T'Aime"
De crier je T'Aime
C'est fini déjà
Et le temps lui-même
De crier je T'Aime
Mon Amour je T'Aime

“Gott ist unsre Zuversicht und Stärke”



Para quem não ouviu ainda uma composição de Pachelbel cantada em sua língua pátria:


“Gott ist unsre Zuversicht und Stärke”

isto é...

“Deus é para nós refúgio e força”


Esta frase foi extraída do Salmo 46, versículo 1, que aparece como 2 em algumas versões.Assim, o barroco conseqüentemente pleno de devoção de Pachelbel, mais uma vez, transforma em música uma passagem bíblica. Só que, desta vez, deixando de lado o tradicionalista latim, envereda pelo seu alemão.O texto cantado:


"Psalter 46 Ein Lied der Söhne Korach, vorzusingen, nach der Weise „Jungfrauen“
46,1 Gott ist unsre Zuversicht und Stärke, eine Hilfe in den großen Nöten, die uns getroffen haben.
46,2 Darum fürchten wir uns nicht, wenngleich die Welt unterginge und die Berge mitten ins Meer sänken,
46,3 wenngleich das Meer wütete und wallte und von seinem Ungestüm die Berge einfielen. Sela.
46,4 Dennoch soll die Stadt Gottes fein lustig bleiben mit ihren Brünnlein, da die heiligen Wohnungen des Höchsten sind.
46,5 Gott ist bei ihr drinnen, darum wird sie fest bleiben; Gott hilft ihr früh am Morgen.
46,6 Die Heiden müssen verzagen und die Königreiche fallen, das Erdreich muß vergehen, wenn er sich hören läßt.
46,7 Der Herr Zebaoth ist mit uns, der Gott Jakobs ist unser Schutz. Sela.
46,8 Kommt her und schauet die Werke des Herrn, der auf Erden solch ein Zerstören anrichtet,
46,9 der den Kriegen steuert in aller Welt, der Bogen zerbricht, Spieße zerschlägt und Wagen mit Feuer verbrennt.
46,10 Seid stille und erkennet, dass ich Gott bin! Ich will der Höchste sein unter den Heiden, der Höchste auf Erden.
46,11 Der Herr Zebaoth ist mit uns, der Gott Jakobs ist unser Schutz. Sela."
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A Tradução
"Salmo 46 Ao regente dos filhos de Corá, em As Donzelas. Um cântico. .
1 Deus é para nós refúgio e força,Uma ajuda encontrada prontamente durante aflições.
2 Por isso é que não temeremos, ainda que a terra passe por uma mudançaE ainda que os montes cambaleiem para dentro do coração do vasto mar;
3 Ainda que as suas águas sejam turbulentas [e] espumem,Ainda que os montes tremam diante do seu alvoroço. Selá.
4 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, O santíssimo grandioso tabernáculo do Altíssimo.
5 Deus está no meio [da cidade]; ela não será abalada.Deus a ajudará ao surgir a manhã.
6 As nações ficaram turbulentas, os reinos foram abalados;Ele fez soar a sua voz, a terra passou a dissolver-se.
7 Jeová dos exércitos está conosco; O Deus de Jacó é para nós uma altura protetora. Selá.
8 Vinde, observai as atividades de Jeová,Como ele tem posto eventos assombrosos na terra.
9 Ele faz cessar as guerras até a extremidade da terra.Destroça o arco e retalha a lança;As carroças ele queima no fogo.
10 “Cedei, e sabei que eu sou Deus.Vou ser exaltado entre as nações,Vou ser exaltado na terra.”
11 Jeová dos exércitos está conosco;O Deus de Jacó é para nós uma altura protetora. Selá."
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Está disponibilizada esta composição para ser baixada no link:
http://www.4shared.com/file/37192520/426a622e/Johann_Pachelbel_-_Gott_ist_unsre_Zuversicht_und_Strke_-_Motetten.html
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Kanon, Canon ou Cânone?



Como se chamava "Canon" no original de Johann Pachelbel?
Vejamos assim:

"Die Originalbezeichnung der Urtextausgaben lautet "Canon per 3 Violini e Basso"."


Portanto, "Canon" no original, mas que, em sua própria língua, também chamou:
"Kanon und Gigue in D-Dur für drei Violinen und Basso Continuo"
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"Exsurgat Deus"... na visão de Pachelbel


A composição "Exsurgat Deus", de Johann Pachelbel, toma por base uma passagem dos Salmos como aparece na "Vulgata".
Assim, é cantada pelo grupo coral "Cantus Cölln":
"67:2 Exsurgat Deus et dissipentur inimici eius et fugiant qui oderunt eum a facie eius
67:3 sicut deficit fumus deficiant sicut fluit cera a facie ignis sic pereant peccatores a facie Dei
67:4 et iusti epulentur exultent in conspectu Dei delectentur in laetitia
67:5 cantate Deo psalmum dicite nomini eius iter facite ei qui ascendit super occasum Dominus nomen illi et exultate in conspectu eius turbabuntur a facie eius".
Em outra tradição dos Salmos, em outro texto da Vulgata, aparece esse texto no Capitulo 68.
Tradução do Salmo e cántico de Davi para o músico-mor, musicado por Pachelbel....

"1 Levante-se Deus, e sejam dissipados os Seus inimigos; fugiräo de diante dEle os que O odeiam.
2 Como se impele a fumaça, assim Tu os impeles; assim como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus.
3 Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.
4 Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é SENHOR, e exultai diante d'Ele."
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Está disponível esta composição para ser baixada através do link:
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"Mestre do barroco embala casamentos" - Notícia - Folha On Line

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"Mestre do barroco embala casamentos"
Johann Pachelbel
Notícia - Folha On Line.
Séculos se passaram, mas o Canon mantém a sua popularidade até os dias de hoje. O Canon escrito pelo compositor e organista alemão Johann Pachelbel atravessou fronteiras e ressuscitou em pleno século 20, mais precisamente a partir do início da década de 70. A obra influencia muitas peças da música contemporânea, inspira trilha sonora de filmes e é uma das mais tocadas em casamentos. Tudo isso justifica a opinião dos especialistas ao afirmarem que o Canon de Pachelbel é uma das mais conhecidas obras instrumentais de todos os tempos.
Pachelbel foi um compositor prolífico. Sua música para órgão inclui 70 corais e 95 fugas para o Magnificat. Compôs considerável número de cantatas para a igreja luterana e sonatas para vários instrumentos, especialmente o violino. O respeitado organista manteve amizade com a família Bach. Exerceu influência nas obras do genial Johann Sebastian e foi professor de Johann Christoph, o filho mais velho do clã.
Nascido na cidade alemã de Nuremberg, em 1º de setembro de 1653, Johann Pachelbel cresceu em uma região culturalmente ativa na época. Desde cedo, demonstrou talento e, incentivado pelo pai, iniciou os estudos com o músico Heinrich Schwemmer e, posteriormente, com o organista Georg Caspar Wecker. A excelente habilidade musical o levou, aos 15 anos, para a Universidade de Altdorf. Por lá, foi organista em Lorenzkirche, abandonando o cargo menos de um ano depois, por falta de dinheiro.
Na primavera de 1670, matriculou-se no Gymnasium Poeticum, em Regensburg para prosseguir seus estudos de música com Kaspar Prentz, mestre que o apresentou à música italiana. Em 1673, Pachelbel decidiu voltar para Viena, onde passaria alguns anos como vice-organista da Catedral de Santo Estevão e depois, um ano como organista da corte em Eisenach, na Alemanha.
Em junho de 1678, Pachelbel foi nomeado organista da Protestant Predigerkirche, em Erfurt, onde permaneceu por 12 anos. No decorrer deste período, alcançou sucesso extraordinário como organista, compositor e professor. Casou-se duas vezes. Ele perdeu a primeira esposa e o filho contaminados pela peste, em 1683, e casou-se novamente em 1684.
Depois de deixar Erfurt em 1690, passou breves períodos como organista em Stuttgart e Gotha. No verão de 1695, voltou à sua Nuremberg natal para trabalhar os últimos 11 anos de sua vida, como organista na Igreja St. Sebald. Em 1699, produziu a importante coleção de seis árias, Hexachordum Apollinis, para órgão. Pachelbel Johann morreu, aos 53 anos, no dia 3 de março de 1706, mas acredita-se que ele tenha sido enterrado no dia 9.
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De:
http://musicaclassica.folha.com.br/cds/14/biografia-3.html